Pertencemos a um grupo, a uma alma familiar, que nos acolhe e envolve, através da qual construímos a nossa identidade. Somos seres individuais, movidos por uma necessidade profunda de pertencer à família que nos deu origem estando por isso vinculados aos enredos familiares, que influenciam e regem a nossa vida, mesmo que disso não tenhamos consciência. As constelações familiares revelam que, não raras vezes, por amor aos nossos ancestrais, repetimos destinos de dor e assim perpetuamos o seu legado, como se ao sofrermos por eles pudéssemos pertencer – este é o amor que nos faz viver em dor. Trata-se de uma metodologia, desenvolvida pelo psicoterapeuta Bert Hellinger, que permite identificar dinâmicas que causam enredos que geram e mantêm os problemas.

As constelações sistémicas permitem trabalhar uma multiplicidade de situações.

Quando a pessoa toma consciência desses vínculos, em que se encontra implicada, podemos reconhecer o amor que nos faz bem, encontrando força e alegria de viver, aceitando e respeitando tanto as coisas boas como o sofrimento daqueles que vieram antes de nós. Através das constelações familiares, emerge uma nova ordem, trazendo paz e equilíbrio.

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As constelações familiares permitem que uma pessoa, um casal ou uma família exponham os seus problemas a um terapeuta, sejam eles quais forem – emocionais, de casal, com filhos, pais, irmãos, de saúde física ou mental, de trabalho, comunicação ou personalidade – para que o terapeuta as transforme numa representação cénica.
Através da constelação surge a capacidade de criar novas imagens internas, que levam a mudanças capazes de trazer ordem e harmonia, conduzindo a uma clarificação que torna possível tomar novas direções e efetuar mudanças, no sentido da resolução dos problemas.